No mês de março, aconteceu a campanha de conscientização contra o câncer de colo uterino, Março Lilás. Também foi celebrado o mês da mulher e, não por coincidência, realizou-se o Simpósio Internacional Multidisciplinar de Ginecologia Oncológica, em sua décima edição.
Como de costume, houve a discussão das novidades e aprimoramentos nos tratamentos clínicos, cirúrgicos e radioterápicos. No entanto, um tema em particular despertou uma posição enfática: o câncer de colo de útero é uma doença prevenível, mas ainda está entre as mais comuns nas mulheres brasileiras.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimou em 2023 que o câncer de colo uterino foi o terceiro mais incidente nas mulheres e o quarto em mortalidade. A cada ano, são ao redor de 17 mil casos novos e 6 mil óbitos de mulheres deste país causados pelo câncer de colo uterino.
A prevenção pelos exames anuais é fundamental, naturalmente. É preciso lembrar que o câncer de colo uterino está relacionado à infecção pelo HPV e já existem vacinas disponíveis tanto na rede pública como privada.
Na rede pública, a vacina quadrivalente já está no calendário. Ela está indicada principalmente para meninas e meninos entre 9 e 14 anos. Também está disponível para indivíduos acima de 15 anos imunossuprimidos. A eficácia das vacinas contra o HPV está acima de 97% nas pessoas nunca infectadas pelo vírus; daí a importância de vacinar os mais jovens, principalmente as crianças. A eficácia em quem já teve a exposição cai para números ao redor de 60%.
Os efeitos colaterais da vacina são inexistentes ou leves na grande maioria dos vacinados e não diferem das reações das vacinas comumente empregadas para outras doenças. As reações que poderiam preocupar, como alterações neurológicas ou alterações de coagulação, foram descartadas tanto nos estudos iniciais quanto naqueles de acompanhamento das campanhas de vacinação em diversos países. O risco potencial de complicações é mínimo, enquanto os benefícios são muito grandes.
Esta é a mensagem importante. Prevenção é importante e vacinação é fundamental para proteger as meninas no futuro. Queremos um país sem câncer de colo uterino e isso é possível. Está em nossas mãos e em nossa consciência.
Na Oncovida, reconhecemos o valor do conhecimento e da conscientização sobre o câncer para a preservação da vida. Por isso, participamos ativamente de eventos e iniciativas que nos mantém atualizados sobre os mais recentes avanços em tratamentos, prevenção e cuidados relacionados ao câncer.
Essa participação nos permite oferecer as melhores opções de cuidado e informação. Estamos aqui para compartilhar esse conhecimento com você, para que juntos possamos enfrentar o câncer com mais força e esperança.
